Promotor diz que "figurão" do PMDB está envolvido na morte de Fernanda

O promotor Eliardo Cabral afirmou ao vivo, direto dos estúdios do Jornal do Piauí nesta quinta-feira (06), que um “figurão” do PMDB está envolvido no caso da morte de Fernanda Lages. A declaração foi testemunhada pelo promotor Ubiraci Rocha e o delegado geral James Guerra.

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

“Agora, nos vamos formular peças escritas que vão nos obrigar a nos afastar da mídia. Vamos colocar nomes nos autos e vamos solicitar diligências a Polícia Civil. Pessoas do PMDB estão envolvidas, pelo menos uma que se acha muito importante”, disse Eliardo.

Eliardo Cabral também garantiu que a morte da estudante de Direito, que aconteceu no dia 25 de agosto, nas obras da nova sede do Ministério Público, tem origem em uma série de “bacanais” e “orgias” que estariam sendo realizadas em um sítio na estrada para Nazária.

“Quando nós entramos no caso eu disse para o promotor Ubiraci que a partir do caso Fernanda Lages outros crimes seriam revelados. Nesse caso, me refiro a uma série de bacanais que estão acontecendo aos redores de Teresina. A coisa é tão feia que nem o capeta chega perto”, explicou Eliardo Cabral.

Cena da morte

O promotor Eliardo voltou a se referir a dois homens na cena da morte de Fernanda Lages. “Os exames de DNA realizados na Paraíba não negam. Existiam apenas dois homens na cena da morte de Fernanda. A ciência é incontestável. E temos informações que pelo menos um deles é uma pessoa importante, ou pelo menos se acha importante”, informou

Declarações de Eliardo

O promotor Eliardo Cabral garantiu que sua forma de agir na mídia, dando declarações polêmicas e deixando fatos no ar, é proposital. “Tenho me colocado assim para que a pessoa se sinta incomodada. Deixo sinais para que ele possa saber que eu to sabendo de orgias e bacanas envolvendo adolescentes”, explicou.

Novos depoimentos

Eliardo afirmou que recebeu uma provocação de uma ex-professora de Fernanda Lages e que o conselho deve ser posto em prática nos próximos dias. “Uma professora me pediu para olhar o caderno da Fernanda e também para conversar com a amigas de classe dela”, revelou.

Provas desqualificadas

O promotor Cabral explicou ainda porque disse que a Polícia Civil estaria desqualificando provas do inquérito. “A polícia desqualifica provas quando o delegado diz que não tem indícios para incriminar ninguém”, explica.

Sobre Paulo Nogueira

Os promotores também esclareceram a polêmica envolvendo o presidente do inquérito, Paulo Nogueira. “Ele é um homem que tem facilitado o diálogo com o Ministério Público. Mas entendemos que por uma questão ética seria razoável ele se afastar do caso, já que integrava o PDMB, partido de um dos que devem ser investigados”, disse Ubiraci Rocha. 

Ministério Público e Polícia Civil

Na análise dos promotores não há crise entre o Ministério Público e a Polícia Civil, apenas uma diferença de pensamentos. “Não acreditamos que há 40 dias da morte da Fernanda ainda se trabalhe com a hipótese de suicídio”, reagiu o promotor Ubiraci Rocha.

“Também não admitimos que faltando 20 dias para a encerrar o prazo de conclusão do inquérito a polícia não tenha um suspeito. Os trabalhos precisam ser intensificados. A sociedade está inquieta e nos vamos ‘levantar a saia da vergonha’”, opinou Eliardo Cabral.

Fonte: cidadeverde.com

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