Universalização e critérios de acesso ao P1MC são discutidos em evento no Piauí

 

 

 

 

 

Evento reuniu UGMs e UGTs do Piauí | Foto: Netto Santo

A cidade de Picos, (a 310 km de Teresina), sediou nos dias 16 e 17 de junho o Encontro Estadual de Avaliação e Planejamento do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) desenvolvido pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). Estiveram presentes coordenadores(as), animadores de campo, gerentes administrativos e ainda representantes legais das Unidades Gestores Microrregionais (UMG’s) que desenvolvem o P1MC no Estado e das Unidades Gestoras Territoriais (UGT’s) responsáveis pela execução do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).

O evento foi conduzido por Sandra Silveira, coordenadora adjunta do P1MC, que teve como objetivo contribuir para o fortalecimento da proposta de formação e mobilização social para a convivência com o Semiárido, a partir da reflexão das ações do Programa.  Dentre os pontos de destaque no debate de avaliação dos trabalhos, estava o importante trabalho desenvolvido pelas instituições dentro dos contextos educação, ecologia, sustentabilidade e agricultura familiar.

A universalização do P1MC em todo o Semiárido, proposta apresentada pelo Governo Federal, também foi destaque no evento. O grande desafio é o de universalizar sem excluir. Os participantes afirmaram que não é possível pensar em expandir sem haver antes um debate sobre a atualização dos critérios que levam uma família a ser contemplada pelo Programa.

Alguns coordenadores técnicos manifestaram preocupação com as regiões que poderiam ser consideradas já contempladas com o Programa, mas que ainda possuem famílias que sofrem com a falta de água e não possuem a cisterna. Isto porque essas pessoas não se adequaram aos critérios estabelecidos.

Para Carlos Humberto Campos, Coordenador do Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido, os critérios se tornaram, com o passar do tempo, um grande desafio para serem aplicados sem que haja exclusão de famílias necessitadas. “Os encontros realizados nos estados têm fortalecido a ideia de que esses critérios precisam ser revistos e atualizados dentro de uma realidade que possa contemplar todas as famílias que necessitam de uma água de qualidade”, afirmou.

Apesar dos desafios postos, Carlos Humberto acredita que o Programa está no rumo certo, pois o processo de conquista da água passa pela mobilização e formação da família. “Não fazemos cisterna para o agricultor, para a agricultora. Fazemos cisterna com o agricultor e a agricultora. A família é a principal protagonista da conquista desse elemento fundamental para a vida, que é a água”.

Para Sandra Silveira, os critérios são importantes na hora de escolher as famílias porque deixam claro que é necessário morar na zona rural para ter direito a cisterna. No entanto, orienta que as famílias que estejam dentro dos critérios e ainda não tenham sido contempladas, que se mobilizem em associações, sindicatos, na busca pelo direito à água de qualidade.

Fonte: Asacom
Edição: Joelson Vieira

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